Allen Ginsberg

Fonte: Wiki 420
Allen Ginsberg em protesto antiproibicionista

Allen Ginsberg (Newark, 3 de junho de 1926 – Nova York, 5 de abril de 1997) foi um poeta estadunidense e figura central da Geração Beat, conhecido por sua poesia inovadora e ativo defensor da legalização da maconha, da liberdade de expressão e dos direitos civis.[1]

Biografia

Allen Ginsberg nasceu em Newark, Nova Jersey, em 1926. Estudou na Montclair State University e na Columbia University, onde formou laços com Lucien Carr, William S. Burroughs e Jack Kerouac, grupo que viria a consolidar o movimento Geração Beat.[2] Sua obra mais célebre, Howl (1956), enfrentou um célebre julgamento de obscenidade, no qual Ginsberg saiu vitorioso, reforçando seu papel como defensor da liberdade de expressão.[3]

Ativismo antiproibicionista

Em 1964, Ginsberg cofundou o grupo LeMar (Legalize Marijuana), dedicando-se a mobilizar manifestações pela descriminalização da maconha em Nova York.[4] No dia 10 de janeiro de 1965, liderou uma passeata pela legalização da maconha em frente ao New York Women’s House of Detention, empunhando cartazes com as frases “Pot Is Fun” e “Pot Is a Reality Kick”, símbolo icônico do movimento.[5]

Ginsberg também foi membro fundador da NORML, colaborando com o advogado Keith Stroup e outros ativistas para pressionar por mudanças legislativas em nível estadual e federal.[6] Em novembro de 1966, publicou o artigo “The Great Marijuana Hoax” na revista The Atlantic, no qual contestou mitos negativos sobre a maconha e defendeu seu uso como meio de expandir a percepção estética e a consciência pessoal.[7]

Sua prática ativista se mesclou a protestos anti-guerra e pelos direitos civis, integrando o movimento antiproibicionista ao amplo contexto da contracultura dos anos 1960 nos Estados Unidos.[8]

Legado

O slogan Flower Power foi cunhado por Ginsberg em 1965 como símbolo de resistência pacífica e não violência, consolidando-se como ícone da cultura hippie e da oposição à Guerra do Vietnã.[9] Seu ativismo em prol da maconha medicinal prolongou-se até a década de 1990, incluindo participações em eventos pioneiros, como a primeira manifestação de cannabis medicinal em Maine.[10] O legado de Ginsberg como poeta e ativista antiproibicionista influenciou gerações de reformadores de políticas de drogas, contribuindo para a trajetória rumo à legalização em diversos estados dos EUA.[11]

Imagens

Referências