Redução de danos
Redução de danos
A redução de danos é uma estratégia de saúde pública que visa minimizar as consequências adversas associadas ao uso de substâncias psicoativas, com foco na promoção da autonomia do indivíduo, na preservação da saúde e na redução de riscos, independentemente da interrupção do consumo.[1][2] Sob a perspectiva antiproibicionista, a redução de danos parte do princípio de que os maiores prejuízos advêm das políticas restritivas, não do uso em si, defendendo abordagens baseadas em direitos humanos e evidências científicas.[3]
Histórico e contexto no Brasil
O conceito surgiu internacionalmente na década de 1980, no enfrentamento da epidemia de HIV/Aids entre usuários de drogas injetáveis. No Brasil, as primeiras iniciativas focaram em salas de troca de seringas e programas de testagem de HIV, evoluindo para incorporar o uso de substâncias como a maconha em práticas de autocuidado e substituição de drogas mais nocivas.[4][5]
Princípios antiproibicionistas
- Autonomia e protagonismo – reconhece o direito dos usuários de decidir e participar ativamente de intervenções de cuidado;[6]
- Abordagem baseada em evidências – prioriza intervenções eficazes, livres de juízos morais;[7]
- Minimização de danos sociais – combate o encarceramento em massa e o estigma, pois a criminalização agrava vulnerabilidades;[8]
- Integração intersetorial – articula saúde, assistência social, educação e justiça para respostas coordenadas.[9]
Estratégias e intervenções
- Troca de seringas e kits de biossegurança para usuários de drogas injetáveis;[10]
- Programas de testagem e aconselhamento para HIV, hepatites e sífilis;[11]
- Uso de substâncias substitutas – ex.: metadona e buprenorfina para dependência de opiáceos;[12]
- Substituição por maconha – prática reconhecida por reduzir fissura e riscos associados a drogas mais pesadas.[13]
Papel da maconha na redução de danos
Estudos internacionais apontam que a substituição do álcool e de opiáceos pela cannabis leva à redução do consumo dessas substâncias, com melhora de indicadores de saúde e menor frequência de comportamentos de risco.[14][15]
No Brasil, programas comunitários e relatos de usuários indicam que a maconha é usada para aliviar fissuras por crack e reduzir recaídas, substituindo práticas de uso de drogas mais perigosas.[16][17]
Desafios e perspectivas futuras
- Ausência de marco regulatório específico para redução de danos no Brasil, limitando investimentos;[18]
- Estigma social e criminalização continuam impedindo o acesso de usuários a serviços de saúde;[19]
- Financiamento concentrado em repressão, em vez de promoção de políticas baseadas em evidências;[20]
- Necessidade de inclusão dos usuários em instâncias decisórias e implementação de práticas de redução de danos em âmbito municipal e estadual.[21]
Ver também
- Lei nº 11.343/2006 (Lei de Drogas)
- Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas
- Descriminalização das drogas no Brasil
- Conselho Nacional de Políticas sobre Drogas
Referências
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- ↑ Predefinição:Cite thesis
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- ↑ Predefinição:Cite journal
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