Maconha: diferenças entre revisões
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Revisão das 14h46min de 30 de julho de 2025
Introdução
Maconha, ou Cannabis sativa, é uma planta herbácea com uma longa história de usos industriais, medicinais, ritualísticos e recreativos em diversas culturas ao redor do mundo.[1] É a droga ilícita mais cultivada e consumida globalmente, com cerca de 147 milhões de usuários anuais, ou 2,5% da população mundial.[2]
Origens e Etimologia
O nome científico Cannabis origina-se do grego antigo κάνναβις (kánnabis), palavra de origem trácia ou persa adotada pelos gregos e depois incorporada ao latim.[3] No Brasil, o termo "maconha" tem raízes africanas – como diamba, liamba e fumo-de-Angola – trazidas pelos escravos, e consolidou-se no século XIX.[4]
Botânica e Domesticação
Cannabis sativa pertence à família Cannabaceae. Estudos genéticos indicam que seus tipos fibra (hemp) e droga (marijuana) divergem de um ancestral comum domesticado há cerca de 12 000 anos na China Neolítica.[5]
Vestígios Pré-Históricos
Arqueólogos encontraram marcas de fibras em cerâmica da cultura Yangshao (c. 5000 a.C.) e sementes neolíticas nas Ilhas Oki (c. 8000 a.C.), além de resíduos psicoativos em urnas funerárias nos Pamirs (c. 500 a.C.).[6]
Uso na Antiguidade
- China (2737 a.C.)**: Imperador Shen Nung documentou seu uso terapêutico.[7]
- Índia: O Atharva Veda (1500–1000 a.C.) menciona preparações como bhang para ansiedade e digestão.[8]
- Oriente Médio: Textos egípcios e assírios descrevem uso em glaucoma e inflamações.[9]
Difusão e Cultivo Global
Durante a Era das Navegações (séc. XVI), espanhóis levaram cânhamo à América do Sul e europeus o cultivaram nas colônias para fibras, velas e cordas.[10]
Introdução no Brasil
Os primeiros registros vêm do início do séc. XIX, quando portugueses trouxeram sementes para cânhamo. Escravos africanos mediaram seu uso recreativo, ocultando sementes nas vestimentas.[11]
Proibição e Criminalização no Brasil
- 1830: Rio de Janeiro - Lei do Pito do Pango. proibiu a importação de maconha para conter usuários escravizados.[12]
- 1924: II Conferência Internacional do Ópio (Genebra) – delegação brasileira considerou-a mais perigosa que o ópio.[13]
- 1930–1940: Governo Vargas intensificou repressão policial e penal.[14]
Regulamentação e Uso Medicinal no Brasil
- Lei 11.343/2006: descriminalizou porte pessoal, convertendo penas em advertência e medidas educativas.[15]
- 2014: primeira autorização judicial para importação de medicamento canábico.[16]
- 2017: Anvisa registrou spray Mevatyl
- ↑ https://en.wikipedia.org/wiki/Cannabis
- ↑ https://www.who.int/teams/mental-health-and-substance-use/alcohol-drugs-and-addictive-behaviours/drugs-psychoactive/cannabis
- ↑ https://en.wikipedia.org/wiki/Etymology_of_cannabis
- ↑ https://www.alchimiaweb.com/blogen/cannabis-brazil/
- ↑ https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC8284894/
- ↑ https://www.science.org/content/article/oldest-evidence-marijuana-use-discovered-2500-year-old-cemetery-peaks-western-china
- ↑ https://museum.dea.gov/exhibits/online-exhibits/cannabis-coca-and-poppy-natures-addictive-plants/cannabis
- ↑ https://en.wikipedia.org/wiki/Cannabis_in_India
- ↑ https://en.wikipedia.org/wiki/History_of_medical_cannabis
- ↑ https://museum.dea.gov/exhibits/online-exhibits/cannabis-coca-and-poppy-natures-addictive-plants/cannabis
- ↑ https://en.wikipedia.org/wiki/Cannabis_in_Brazil
- ↑ https://en.wikipedia.org/wiki/Cannabis_in_Brazil
- ↑ https://jota.info/opiniao-e-analise/artigos/a-historia-da-cannabis-e-sua-situacao-legal-no-brasil
- ↑ https://jota.info/opiniao-e-analise/artigos/a-historia-da-cannabis-e-sua-situacao-legal-no-brasil
- ↑ https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/lei/l11343.htm
- ↑ https://www.cnnbrasil.com.br/saude/relembre-marcos-dos-10-anos-de-cannabis-medicinal-no-brasil/